segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Moleque Travesso: O queridinho da Rua Javari!

O mais óbvio seria falar sobre a briga das emissoras pelo direito de transmissão do Campeonato Brasileiro a partir de 2012, ou do dilúvio de ontem em São Paulo que suspendeu o clássico por mais de uma hora. Mas na semana passada me lembrei de um clube que é o queridinho de São Paulo, o Juventus da Mooca.

Quem se lembra onde foi feito o gol tido como o mais bonito do Rei Pelé e que não se tem registro em vídeo? Sim, foi na casa do Juventus, na Rua Javari, no Estádio Conde Rodolfo Crespi, em um jogo pelo primeiro turno do Campeonato Paulista de 1959. O gol espetacular do Rei foi reproduzido por computador para o filme Pelé Eterno.

Já dá para sentir que o clube da Mooca tem uma história incrível, que ao passar dos anos foi esquecida pelos paulistas.

O querido Juventus nasceu na década de 20, mais precisamente em 1924. O clube surgiu da fusão de dois clubes de várzea da Mooca, que eram formados por trabalhadores da fábrica de tecidos da família Crespi. Mas o nome Clube Atlético Juventus só surgiu em 1930, depois de uma assembléia geral.

Se buscarmos na memória é difícil encontrar algum time da capital paulista que tenha as cores grená e branco, cores do uniforme do Juventus. Foi justamente para ser diferente dos grandes clubes como Santos e Corinthians que não foi escolhida o preto e branco do uniforme da Juventus italiana. A cor do time da Mooca é baseada na cor do Torino, outro time italiano da cidade de Turim.

Outro fato marcante do clube foi em setembro de 1930, quando ganhou o apelido de Moleque Travesso pelo jornalista Tomas Mazzoni, por ter ganhado de um grande clube paulista, o Corinthians, na casa do alvinegro, o Parque São Jorge, por 2 a 1.

O Moleque Travesso não se contentou apenas com os gramados paulistas e por várias vezes viajou para a Europa, Argentina, até para a terra do sol nascente, onde venceu da Seleção Japonesa pelo Torneio Internacional do Japão.

Os anos 2000 foram de altos e baixos. Em 2007, conseguiu uma vaga para disputar a Copa do Brasil, mas em 2008 e 2009 sofreu dois rebaixamentos no campeonato paulista.

Mesmo estando um pouco esquecido, na semana passada, ao entrar no metrô dei de cara com um jovem e bonito rapaz usando a linda camisa grená e branca do Clube Atlético Juventus, sinal de que o time da Mooca ainda é o queridinho da Rua Javari.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

“Perdi para o meu corpo”

Neste domingo, não foi a rodada dos estatuais que chamou a atenção da imprensa, dos torcedores brasileiros, e do mundo. Neste domingo foi Ronaldo que deu um drible nos amantes do futebol e fez o anúncio que vai deixar os gramados.

Triste história se pensar no presente, é triste ficar sem o Fenômeno, mas linda assim como disse Ronaldo em coletiva de despedida, hoje, no Corinthians. Ao lado de Andres Sanchez e de seus dois filhos, Alex e Ronald, o craque alvinegro fez revelações, se emocionou e deixou que as lágrimas corressem naturalmente sobre seu rosto.

Quem pôde acompanhar a coletiva desta tarde se surpreendeu. Ronaldo explicou o porquê de sua dificuldade para emagrecer. Segundo o jogador, quando ainda jogava no Milan foi diagnosticado o hipotireoidismo – distúrbio da glândula tireóide –, em que há uma diminuição do funcionamento da tireóide, o que dificulta o controle sobre o peso. O tratamento teria que ser feito através de hormônios, o que no futebol não pode ser utilizado por ser apontado nos exames antidoping.

Por quatro anos o Fenômeno ouviu críticas sobre seu peso e ficou calado, preferiu jogar a se tratar. Teve várias contusões o ano passado e persistiu, até que as dores o consumiram não permitindo que ele subisse as escadas sem que ela o acompanhasse, e ele disse: “Perdi para o meu corpo”.

Emocionado ele fez agradecimentos aos jogadores que estiveram ao seu lado, à sua família, aos treinadores, à imprensa, até mesmo aos críticos. Ao falar do Corinthians, se emocionou e não conteve as lágrimas ao falar da torcida de um bando de loucos e pediu desculpas por ter falhado na Libertadores.

Agora a vida de Ronaldo segue sem os gramados, sem o grito da torcida. Mas ele disse que ainda vai assistir a muitos jogos do time que aprendeu a amar. Como embaixador do Corinthians estará sempre perto e com tempo para se dedicar a Fundação Criando Fenômenos. Mas o que será dos amantes do futebol? Qual será o nome do novo craque do futuro? Por enquanto esta vaga ainda está em aberto!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Amistosos pelo mundo...

Nesta semana tivemos uma overdose de amistosos pelo mundo e o Brasil conseguiu manter 19 anos sem vitórias contra a França que ganhou de 1 a 0. Ok, isso não é nenhuma novidade, hoje já é sexta e a notícia mais importante é a renuncia de Hosni Mubarak. Mas é sempre bom relembrar o que aconteceu.

Mano Menezes ainda está fazendo testes com alguns jogadores até chegar à fórmula perfeita. Os anos são outros, jogadores e técnicos também, mas o tabu* ainda é o mesmo, quase duas décadas sem vencer a França que ganhou a Copa de 1998 em cima do Brasil e nos eliminou nas quartas-de-final da Copa da Alemanha (2006).

Nossa maior rival, a Argentina, bateu Portugal por 2 a 1 no país do chocolate e Messi continua a brilhar. A Alemanha que surpreendeu na Copa da África ficou apenas em um empate simples com a Itália. A Espanha venceu por 1 a 0 da Colômbia, mas foi difícil. A Holanda mostrou que a Laranja Mecânica está ativa, logo três gols pra cima da Áustria. A seleção da Rainha, a Inglaterra, bateu os finos dinamarqueses por 2 a 1.

É, Brasil e Portugal têm mais algo em comum além do acordo gramatical e do Rock in Rio.

*Tabu – Diz-se que da partida entre duas equipes em que uma delas, pela estatística, costuma vencer sempre um mesmo adversário. (fonte: PENNA, Leonam. Dicionário Popular de Futebol: O ABC das arquibancadas. Ed. Nova Fronteira, 1998, p. 99)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Queremos uma vaga na seleção em 2014!

Faltam três anos para a tão esperada Copa do Mundo de 2014 que terá como cenário as belezas tropicais brasileiras, mas já tem gente de olho em uma vaguinha na seleção. Seja ela argentina, brasileira ou portuguesa, opa!

Nos últimos anos o Brasil conseguiu trazer nossas estrelas de volta para brilhar nos gramados tupiniquins, como Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano, Deco, e o mais recém chegado, Ronaldinho Gaúcho, que conseguiu prender a atenção da imprensa por um bom tempo na novela “Quem fica com o craque!”.

Agora a movimentação no mercado de futebol brasileiro é outro, alguns jogadores estão vindo para o país para ficar mais perto do professor* e ter mais espaço para mostrar que merece uma vaga na seleção da Copa 2014.

Ronaldinho Gaúcho

A contratação mais comentada foi a de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo no começo do ano. Há muito tempo o craque estava deixando os torcedores do Milan insatisfeitos com o seu futebol, e nada melhor do que tornar a casa para se sentir a vontade e voltar a brilhar. É isso que esperam os rubro-negros cariocas e é dessa maneira que Gaúcho pode vir a ser uma opção de Mano Menezes. Ele estreia hoje contra o Nova Iguaçu pelo Campeonato Carioca.

Thiago Neves

Thiago Neves também quer uma oportunidade e veio do Al-Hilal, da Arábia Saudita, para o Brasil no começo do ano para jogar ao lado de Ronaldinho no Flamengo, e já fez um golaço no clássico contra o Vasco no domingo passado.




Elano

O bom filho a casa torna! Elano é muito querido pelos santistas por conta da história de glórias que ele tem no clube e por sua qualidade como jogador. Desde novembro ele estava confirmado para disputar a temporada 2011 pelo peixe e já é um dos artilheiros do Paulistão. Depois da decepção da Copa 2010, Elano também volta ao Brasil para ter uma chance na seleção de Mano.

Liedson

Naturalizado português jogou ao lado de Cristiano Ronaldo na Copa da África. Liedson troca o Sporting de Portugal pelo Sport Club Corinthians em seu retorno para o Brasil e para o clube em que se consagrou. Ele também pleiteia uma vaga na seleção, mas na portuguesa, e busca no alvinegro o espaço e as glórias do passado. Ele deve chegar na semana que vem.

Fernando Cavenaghi

Tem um hermano argentino querendo ser visto de perto pelo técnico de seu país. Fernando Cavenaghi é argentino e veio emprestado do Bordeaux, da França, para o Internacional de Porto Alegre. Quem sabe ele não garante uma vaguinha na seleção argentina e no coração das brasileiras? (Gato!)

*‘Professor’ – Designação que os jogadores passaram a dar aos seus técnicos a partir da Copa de 70: “Professor Coutinho”, “Professor Zagalo”, etc. (fonte: PENNA, Leonam. Dicionário Popular de Futebol: O ABC das arquibancadas. Ed. Nova Fronteira, 1998, p. 171)
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